O que meu pet tem?

Olá, amigos leitores. Na coluna desta semana, vamos falar sobre consulta médico veterinária: o que ela é, para o que ela serve e quais as semelhanças e diferenças com a consulta realizada, por um humano, a um médico. Assim como não existe um ser humano que nunca precisou de um médico, também não existem pets que nunca precisarão de uma consulta com um médico veterinário. Afinal, muitas são as doenças e problemas que podem ocorrer com nossos amiguinhos. (Futuramente, iremos falar de várias delas). Por isso, quando um pet apresenta qualquer alteração, ou seja, quando ele não se apresenta em estado normal, é necessária uma avaliação do médico veterinário.

Essas alterações podem ser variadas, como os problemas de pele, coceira e vermelhidão; os problemas de ouvido; as tosses e espirros constantes; as alterações mais graves, como vômitos, diarreia, secreções de pus, falta de apetite, fraturas, dificuldade em se locomover e suspeitas de intoxicação ou envenenamento. Em todos esses casos e, claro, em muitos outros, é importante uma consulta com o médico veterinário, que conversará com o tutor e levantará o histórico do animal. Nessa conversa, o médico veterinário faz perguntas sobre a vida do animal e qual o motivo da preocupação com ele.

Atenção! O tutor precisa comunicar o máximo de informações a respeito do animal e, principalmente, não deve mentir ou omitir nenhuma informação que ajude a esclarecer o problema do pet. Qualquer dado errado ou não falado pode atrapalhar muito o diagnóstico e tratamento do animal. Após a conversa com o tutor, o médico veterinário irá examinar o animal. Neste momento, o animal precisa estar presente, ou seja, não valem fotos e vídeos (risos). O veterinário precisa estar com o animalzinho, pois faz vários exames clínicos, como medir a temperatura, avaliar as mucosas, apalpar os linfonodos e órgãos internos, auscultar o coração e o pulmão, além de outros exames que forem considerados necessários.

Durante o exame clínico, o veterinário decide se precisa de outros tipos de exames para auxiliar o seu diagnóstico, como raio-x, ultrassom, endoscopia, exames de sangue, eletrocardiograma, entre outros. Por isso, só após ter em mãos o histórico do animal, realizar os exames clínicos e, se necessário, os exames auxiliares, que o veterinário poderá dar um possível diagnóstico e prescrever um tratamento para o seu paciente.

No início da nossa conversa de hoje, eu falei sobre diferenças e semelhanças com as condutas médicas humanas. Alguém notou alguma diferença, algo que o médico de humanos faça diferente do médico veterinário? Alguém poderia dizer que a diferença está no paciente que não fala: o animal. Mas eu pergunto a vocês: os médicos pediatras também tratam das crianças pequenas, que ainda não falam – o mesmo desafio que os médicos veterinários enfrentam todos os dias.

A consulta veterinária para um cão ou gato, ou até mesmo, para um hamster ou um pássaro, é tão importante para se chegar a um diagnóstico e promover o tratamento quanto à consulta de um ser humano. Então, lembre-se: não basta perguntar em uma casa de ração, em um pet shop, ou em grupos de bate-papo ou redes sociais o que tem o seu animalzinho. Afinal, o que descobrimos na nossa conversa é que ele precisa de uma consulta veterinária.

Grande abraço e até a próxima semana.