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Leishamaniose canina: uma doença que pode ser transmitida ao ser humano

Coluna Jean – edição 03-06

Você já ouviu falar em Leishmaniose canina? Causada por um protozoário, a doença é considerada uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida para o ser humano e, infelizmente, os casos são frequentes no Brasil. Por isso, na coluna de hoje, vou explicar um pouco mais sobre a doença.

Também conhecida como Calazar, a Leishmaniose Canina é uma doença causada por um protozoário do tipo Leishmania. Uma vez no organismo do hospedeiro, o agente se multiplica e começa a atacar as células do sistema imunológico do animal. Se não tratada, a doença pode evoluir, atingindo órgãos importantes, como o fígado e a medula óssea.

Existem dois tipos de Leishmaniose: a cutânea e a visceral. No entanto, quando falamos em cachorros, a mais comum é a visceral, já que o pet não é o hospedeiro preferencial do outro tipo da doença.

Ao contrário do que muitos ainda acreditam, a Leishmaniose não é transmitida a partir do contato direto com o cachorro por meio de saliva, mordidas, entre outros. A transmissão ocorre através da picada da fêmea do mosquito-palha.

Em 60% dos cães infectados eles são assintomáticos, pois o protozoário pode ficar incubado por tempo variável, que vai de três meses a seis anos. Porém, entre os sintomas iniciais da leishmaniose canina, estão:
• Emagrecimento;
• Lesões na pele (especialmente na face e nas orelhas);
• Crescimento exacerbado das unhas;
• Perda de apetite;
• Febre.

A única maneira de saber com certeza se seu amigo foi infectado é levando-o a um veterinário. O diagnóstico é feito por meio dos exames de sangue de sorologia.

Desde o ano de 2018, existe um medicamento de uso exclusivo para os pets para o tratamento da doença. Apesar da Leishmaniose ter deixado de ser considerada uma doença sem cura, o tratamento ainda é delicado e prolongado. Ou seja, é de grande importância manter os locais de convivência de pets sempre limpos afim de se evitar a proliferação do mosquito-palha. Além disso a profilaxia com vacinação e o uso de produtos que funcionam como repelentes do mosquitos, como por exemplo coleiras repelentes, é de extrema importância.

Gostaram da coluna de hoje? Espero que sim, um abraço e até semana que vem!