Doutor dos animais
9 de maio de 2019Quando devo dar banho no meu pet?
15 de maio de 2019Olá, queridos leitores. Mais uma vez, falaremos de uma doença muito conhecida e de alta incidência em nossa região. O nome tem fama e as consequências dela, também: estamos falando da par vovirose, geralmente abreviada para parvo, uma doença canina de alta letalidade e que pode, inclusive, comprometer a chegada dos próximos cachorros que você levar para casa.
A parvovirose canina é uma gastroenterite viral aguda, altamente contagiosa, que afeta cães jovens, normalmente, entre 6 semanas e 1 ano de vida. A doença leva a uma sintomatologia gastroentérica profusa, ou seja, muito vômito e diarreia sanguinolenta, além de prostração, perda de peso, falta de apetite e desidratação rápida, que podem levá-los a morte em até 48h após o início dos sintomas. Mas lembre-se: nem toda diarreia com sangue é parvovirose. Daí a importância do animal pas-sar por um médico veterinário para o correto diagnóstico.
E aqui cabe mais um alerta: o parvovírus é altamente resistente a detergentes, desinfetantes, à temperatura e pH. Por isso, é um vírus que pode manter-se no ambiente durante meses. Por exemplo, se protegido da luz solar e dissecação no interior da habitação, pode sobreviver pelo menos 2 meses, podendo chegar a anos, o que pode causar novas infecções em outros filhotes que, por ventura, fiquem no para o mesmo local onde um doente estava.
O contato com as fezes do animal doente não é necessariamente direto. O parvovírus pode ser transmitido por objetos que tenham estado em contato com fezes de animais infetados. Por outro lado, devido à sua elevada resistência no ambiente, pode manter-se presente mesmo após decomposição das fezes.
Algumas raças de cães aparentam ser mais fracas ao parvovírus, como o rottweiler, doberman pinscher, pit bull, labrador e o pastor alemão. No entanto, não significa que cães de outras raças não sejam afetados por esse vírus.
O tratamento para a parvovirose deve ser intensivo e de suporte. Por isso, animais infectados devem ser internados, de preferência, em isolamento, para que não ocorra o contágio de outros animas, e receber medicações por outras vias que não a oral, devido ao vômito e diarreia constantes. Assim como no caso da cinomose, o tratamento se baseia em auxiliar o animal a se manter bem, enquanto o corpo produz os anticorpos para combater e matar o vírus. A internação e a terapia intensiva aumentam muito as chances de sobrevivência do animal.
Também como na cinomose, a prevenção é o melhor remédio e, neste ponto, tocamos novamente na vacinação. Estamos vendo, agora, como ela é importante e protege os cães de várias doenças letais. A vacina para parvovirose normalmente está junto com a da cinomose. Então, vacinando o animal, você já o protege das duas doenças além de mais algumas outras que veremos em outros textos. Até a próxima, caros leitores.